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Entrevista: Gabriel Borges, CEO da ConnectData, faz um balanço de 2020

É certo que 2020 foi um ano de situações inesperadas e que muitas empresas estavam despreparadas para lidar com a crise que a pandemia gerou. No setor da construção civil não foi diferente, apesar de sofrer com os impactos da crise, pegou fôlego no meio do ano, conseguiu respirar e evitar maiores prejuízos, mesmo ainda enfrentando muitos desafios. E se a digitalização já batia à porta do setor, a pandemia comprovou o quanto ela é urgente e necessária.


Mesmo com a grande facilidade de acesso à informação que temos hoje, muitas companhias ainda estão perdidas, sem saber por onde começar, qual a melhor tecnologia e ferramentas vão se adaptar ao negócio, enfim. O início é complexo, mas fundamental para a sobrevivência da empresa. Nesse contexto, construtechs e proptechs se tornaram um facilitador para a indústria. Não é à toa que as startups de tecnologias direcionadas aos setores da construção e mercado imobiliário cresceram 23%, em relação a 2019, segundo o Mapa das Construtechs e Proptechs 2020, da Terracotta Ventures.


Para o nosso CEO, Gabriel Borges, as palavras de ordem de 2020 foram resiliência e reinvenção. Nesta entrevista, ele faz um balanço sobre os desafios e avanços da ConnectData neste ano, os programas de aceleração que a empresa participou além das expectativas para os próximos anos. Confira!



1) Em 2020, o mundo inteiro viveu uma situação que obrigou as empresas a repensarem suas prioridades. Quais desafios a ConnectData enfrentou durante a pandemia, sendo uma startup de tecnologia em um setor tão tradicional como o da construção?

A princípio, houve um grande impacto negativo para nós, afinal, ninguém esperava que isso aconteceria. A atividade econômica e empresarial teve uma grande queda e fomos diretamente impactados. Projetos começaram a ser postergados e só conseguimos continuar com nossas negociações quando as empresas passaram a entender melhor o cenário e enxergar que não haveria outra solução a não ser se adaptar. Assim, a partir de junho, retomamos as conversas com as empresas. Além disso, toda a parte do nosso desenvolvimento tecnológico, que dependia de outras instituições, como por exemplo, homologações e testes de laboratório, foi afetado porque as empresas reduziram os serviços, impactando nosso cronograma.


2) Houve algum impacto positivo?

Apesar disso tudo e da série de questões estratégicas que tivemos que nos atentar para continuarmos com saúde, houve um impacto positivo: o entendimento por parte das grandes corporações da importância da digitalização. As empresas passaram a enxergar e a buscar tecnologias e soluções como a ConnectData, que evitam o contato humano, possibilitam o trabalho remoto e o acompanhamento em tempo real de máquinas, pessoas e materiais. Logo, conseguimos mostrar nossa proposta de valor.

3) A ConnectData participou de vários programas de aceleração neste ano. Como essas parcerias contribuíram para a evolução do negócio?

Eles foram fundamentais para o nosso negócio. Participamos dos programas da Hards, Vedacit Labs, Mentoria Cielo, Light, Inovativa Brasil, Brain da Algar, Espaço Finep. Recentemente, fomos premiados como uma das startups destaques do InovAtiva Brasil Experience 20.2 na categoria Infraestrutura, Construção Civil e Mercado Imobiliário. Essas parcerias trouxeram relacionamento, algo que aqui damos muito valor. Entramos em contato com pessoas do mercado com diferentes competências, conexões comerciais e uma melhor maneira de enxergar nossa estratégia.

4) Tecnologia e inovação continuam sendo o segredo para a construção civil? Por quê?

Sim, mas o setor da construção está acordando agora em relação a isso. Os profissionais da área estão muito mais abertos para a adoção de tecnologias e a implementação de novos sistemas, mas ainda são os primeiros passos, pois é uma indústria bem conservadora. A disponibilidade ao risco das empresas, para testar novas tecnologias, ainda é muito baixa. Muitas vezes, as soluções já precisam se mostrar efetivas para que elas se interessem em implementar, ou seja, sem muita abertura para testar e/ou implementar novas tecnologias. Isso vai na contramão da inovação, pois você precisa estar preparado para falhas e a construção civil acaba sendo resistente ao erro. Mas a inovação já está aí e sendo compreendida. Os executivos já estão mais abertos, conhecendo novos ecossistemas de inovação e tecnologia, dentro e fora do Brasil. É um começo, porém temos um caminho longo pela frente!

5) Quais aprendizados você, como empreendedor, tira desse ano?

Planejamento tem que ser feito, estratégia é para ser seguida, mas você precisa estar o tempo todo preparado para buscar novas soluções. Todos os negócios passaram por isso, tudo o que foi planejado e tudo o que estava estruturado precisou ser repensado. No nosso caso, como startup, as decisões têm de ser tomadas muito rapidamente. Então, como empreendedor, ficou a lição de tomar decisões rápidas, ser mais flexível e, principalmente, resiliente.


6) E para 2021, quais as expectativas e os desafios da ConnectData?

Tivemos que passar nossa estratégia de crescimento mais acelerado deste ano para 2021, com a tecnologia já pronta e muito mais amadurecida. Agora, teremos uma linha industrial e já começamos a produzir os dispositivos em escala. Queremos ampliar o mercado e buscaremos clientes que estão dispostos a implementar inovações e enxerguem o valor que podemos agregar. Além disso, vamos dar andamento a outras iniciativas que vão complementar tecnologia de dados da ConnectData, contribuindo para continuarmos agregando valor aos processos e negócios de nossos clientes e parceiros.

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