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Cenário de Inovação: Cresce o Número de Parcerias com Startups no Brasil

As parcerias entre empresas tradicionais e startups a fim de ampliar as inovações vem crescendo. De maio de 2020 a junho deste ano, o número de acordos desse tipo saltou de 13.433 para 26.348. Enquanto o total de contratos fechados subiu de R$ 800 milhões para R$ 2,2 bilhões.

Os dados são da plataforma 100 Open Startups. Apesar do aumento ano a ano, desde o surgimento da primeira startup brasileira, foi no período de pandemia que ele se tornou mais significativo. Isso se justifica pela necessidade das corporações digitalizarem cada vez mais seus negócios.

O que vemos, na verdade, é uma transformação no mercado impulsionada por mudanças tecnológicas. No passado, a maioria das companhias desenvolviam seus produtos em laboratórios próprios. Atualmente as maiores inovações vêm do ecossistema das startups.

A mesma plataforma revelou ainda um aumento no número de empresas que neste último ano procurou startups para possível parceria, cerca de 76%. O dado é extremamente positivo, pois aumenta a competitividade em vários setores do mercado, incentivando ainda mais esse modelo de negócio.

Mas, afinal, quais segmentos têm apostado mais em inovação?


Líder de Investimentos

O Brasil domina o ecossistema latino-americano de startups, conforme relatório da Sling Hub, startup que reúne informações sobre inovação na América Latina. Com 17.987 empresas do tipo, o país representa 77% do mercado e concentra 70% dos investimentos na região. O estudo foi feito com base em informações de sete países — Brasil, México, Chile, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai, considerados os mais representativos.

O relatório aponta que as startups nacionais são as que acumulam mais investimentos. Entre as dez que mais receberam aportes, sete são do Brasil. Juntas, elas arrecadaram US$ 9,1 bilhões. A pesquisa revelou ainda que o país tem liderado neste quesito nos últimos anos.

Conforme dados, as brasileiras receberam 45% dos investimentos latino-americanos em 2019, 61% em 2020 e 70% em 2021. O Brasil registra também volume superior de startups por setor — as maiores são fintechs, edtechs, healthtechs, agritechs e martechs.


Caminhos da Inovação

Os números do crescimento destacam que a jornada da inovação, daqui por diante, não será mais sozinha, pois as organizações passaram a entender que é mais fácil inovar em conjunto. Para a PwC Brasil, a maior parte das empresas de médio porte para cima terá algum tipo de experiência com startups nos próximos meses.

A inovação aberta tem um caminho promissor no Brasil num futuro próximo. Lembrando que até então ela se restringia a companhias de grande porte, hoje, porém, se estende a outros perfis de corporações. Ainda que muitas delas não tenham condições para criar grandes estruturas, canais parceiros podem ajudar, como Sebrae, Fapesp e Senai, além das câmaras de comércio.


O Papel das Construtechs

Na construção civil, as startups produzem soluções tecnológicas e inovadoras para resolver problemas recorrentes no setor, tais como desperdícios de materiais, atrasos de projeto e falta de gestão. É o caso da ConnectData, construtech criada com este propósito.

São diversas possibilidades de ferramentas e soluções oferecidas, como softwares de gestão de obras, sensores para detecção de umidade no solo, drones para monitoramento de obras, soluções de rastreamento digital de dados e automatização de contratos, além de sistemas de análises preditivas com a modelagem BIM.

De acordo com mapeamento feito pela Startup Scanner em parceria com a Liga Ventures, atualmente existem 249 construtechs e 294 proptechs (startup do setor imobiliário). Entre as soluções oferecidas estão gestão de canteiros de obra; compra e gestão de suprimentos; orçamento de obras; compra e venda de imóveis; gestão do canteiro; gerenciamento de resíduos; maquetes interativas e modelos 3D imersivos, entre outras.

O setor da construção civil ainda tem muitos desafios pela frente, principalmente devido aos entraves que envolvem todo o segmento. Ainda assim, aos poucos, as construtechs têm conseguido mudar parte desse cenário. Cabe à cadeia produtiva aderir às inovações tecnológicas propostas, visto que este é um caminho sem volta.


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