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Apesar do otimismo, construção civil deverá enfrentar desafios

Sabemos que a crise que enfrentamos esse ano afetou os mais diversos setores. Alguns ensaiam uma retomada, outros calculam suas perdas e a construção civil segue em recuperação e avanço. Porém, apesar de otimista, há ainda alguns desafios a serem enfrentados. Ainda que o setor esteja estável, o crescimento ainda é inferior ao observado antes da pandemia. Por isso, profissionais analisam constantemente o mercado e pensam em novas estratégias para minimizar custos e recuperar as perdas.


Um dos fatores que afetou o desempenho da indústria nos últimos meses foi a falta de insumos. A matéria-prima se tornou algo mais escasso e difícil de ser fornecido, afetando quase 90% do comércio de materiais para obras. Os estoques iniciaram novembro ainda baixos e a dificuldade de se conseguir insumos e matérias-primas aumentou. Esse problema desorganiza as cadeias de produção e repercute em quase toda a Indústria.


Quando questionados sobre as perspectivas para a normalização do mercado de insumos, apenas 5% dos empresários do setor acreditam na normalização da oferta de insumos e/ou matérias-primas ainda em 2020; 47% acreditam em normalização no primeiro trimestre de 2021; 32%, no 2º trimestre de 2021 e 16%, na segunda metade de 2021 ou além.


A construção civil ainda carrega algumas pedras no sapato e precisará se preocupar com outras questões como:

  • Aumento da carga tributária - depois dos insumos, empresários relataram este como um grande problema para empresas e consequentemente, consumidores.

  • Falta de trabalhador qualificado - outra questão relatada é a falta ou o alto custo de profissionais qualificados para desenvolver os projetos.

  • Queda da intenção de investimento - o indicador que mede a intenção de se investir na construção, teve uma queda de 3,5 pontos na comparação entre setembro e outubro, interrompendo quatro meses de alta.

Apesar disso, um aspecto muito positivo que podemos destacar é que a construção foi um dos setores que mais abriu as portas para novos trabalhadores. O IBGE divulgou o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e os resultados foram motivadores. O número de pessoas ocupadas na construção civil passou de 5,323 milhões para 5,722 milhões no terceiro trimestre, portanto, o setor registrou o acréscimo de 399 mil ocupações. E nessa escala, a construção foi o setor que apresentou as métricas mais positivas do mercado de trabalho.



Com isso, percebemos que o setor tem grande potencial de mudança e recuperação, que pode, inclusive, ser impulsionado pela tecnologia. Algumas questões precisarão de mais atenção, mas qual o caminho para superar essas preocupações e fazer as expectativas otimistas serem uma realidade?


Primeiramente, devemos saber que a pandemia deixou um legado e acelerou algumas mudanças, como:


1) Nem tudo precisa ser feito dentro do canteiro de obras

As impressões 3D e o BIM, por exemplo, trouxeram novas facilidades e agora é possível projetar partes e peças e levá-las prontas ao canteiro, otimizando o tempo produtivo da obra.


2) Digitalização é fundamental

Uma obra com gestão colaborativa tende a ser mais lucrativa, previne perdas e aumenta a produtividade. Para isso, existem diversos sistemas que podem ser usados para unir a comunicação, fazendo com que todos os envolvidos no projeto o acompanhem. Além disso, com a tecnologia é possível fazer uma gestão otimizada do estoque de materiais e sua movimentação pelo canteiro.


3) Novos profissionais deverão saber lidar com o digital

Como falamos, a falta de profissionais qualificados se tornou um problema para a construção civil, que encontra demanda, mas não encontra quem as execute. O ponto crucial para que esse cenário mude é contribuir com a formação desses profissionais, tanto para os que já estão inseridos na área, quanto para os futuros colaboradores.


Segundo o estudo Industry 4.0: Global Digital Operations Study, de 2018, metade das organizações entrevistadas naquela época (53%) indicaram a ausência de cultura digital e de capacitações específicas como um dos principais desafios enfrentados durante a implantação de soluções digitais. Dois anos depois, o cenário não é tão diferente e as empresas precisam implantar uma cultura de inovação e capacitação dos seus colaboradores. Afinal, não basta implementar a ferramenta se a mão de obra não for capacitada para utilizá-la.


4) A sustentabilidade é urgente

Segundo a ONU, o setor da construção civil é responsável por 40% do uso global de energia e 30% das emissões de gases de efeito estufa relacionados à energia. Como um grande utilizador de recursos naturais, o setor segue sendo pressionado a minimizar esses impactos e tratar das questões ambientais. E isto vem fazendo com que empresas pelo mundo se apoiem na tecnologia para reverter o cenário. A IoT (Internet das Coisas) pode ajudar a promover as mudanças, já que sua tecnologia contribui com a digitalização e com a construção de edifícios ecologicamente corretos.


5) O BIM deve ser mais utilizado

O Building Information Modeling, como meio digital de planejamento e gestão de obras, poderá nortear o futuro da construção civil. Do planejamento à execução, o BIM permite planejar, desenvolver e gerenciar todas as etapas da obra. Além disso, ele pode ser utilizado junto a outras tecnologias, como a Realidade Virtual, sendo ainda mais eficiente.


É possível imaginar um bom cenário para a construção civil daqui para a frente, caso o setor esteja disposto a mergulhar na transformação digital e utilizar a tecnologia como aliada. Diversas ferramentas já têm mostrado seu potencial, contribuindo para otimização dos custos, redução de desperdícios, trazendo mais eficiência aos processos, melhorando a produtividade e, claro, garantindo a sobrevivência das organizações nos tempos de crise.


A ConnectData espera e procura contribuir para um futuro da construção civil mais digitalizado. Conheça nossas soluções acessando nosso site.


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